Oi Perdidos,
"Anunciar quem você é para o mundo é apavorante. E se o mundo não gostar de você?"
(Becky Albertalli, autora de Com Amor, Simon)
Sair do armário pode ser assustador para qualquer um, agora, imagine para o primeiro-filho da presidente dos Estados Unidos e para o Príncipe de Gales que vivem cercados de paparazzi e que qualquer deslize pode criar sérios problemas diplomáticos.
![]() |
Vermelho, Branco e Sangue Azul é o livro de estreia da americana Casey McQuiston e conta o romance entre Alex, filho da primeira mulher eleita presidente dos Estados Unidos, e Henry, o príncipe mais adorado do mundo.
A imprensa americana sempre comparou Alex com Henry e ele nunca suportou isso. Alex detesta o príncipe mais novo da Inglaterra desde a primeira vez que o viu pessoalmente. Alex e Henry discutem durante o casamento do príncipe Phillip e acabam derrubando o bolo do casamento real. Para evitar um desastre diplomático, os dois jovens são obrigados a aparecerem em público fingindo ser grandes amigos.
Desses encontros nasce uma verdadeira amizade baseada na empatia. Os dois sabem o que é viver em uma posição onde ninguém pode ser quem realmente é. Henry está na linha de sucessão do reino mais famoso do mundo e precisa manter a boa imagem da coroa. A mãe de Alex está concorrendo à reeleição presidencial nos Estados Unidos e ele não pode colocar tudo a perder. O que fazer, então, com esse sentimento que cresce a cada instante?
Você ocupa meus pensamentos demais para me permitir pensar em qualquer outra coisa – você distrai minha mente não apenas o dia todo, mas invade o meu sono.
O hype de Vermelho, Branco e Sangue Azul foi muito grande nas mídias sociais e, nesses casos, sempre fico com medo de me decepcionar durante a leitura. Felizmente, isso não aconteceu com o sexy e divertido romance de Casey McQuiston, publicado pela Editora Seguinte.
O trabalho de tradução feito por Guilherme Miranda merece destaque porque o texto original apresenta tanto o inglês britânico, mais culto, quanto o inglês americano sulista do Texas. Sem o devido cuidado, o texto em português poderia ficar caricato.
As questões políticas que acontecem nos bastidores desse romance LGBTQ+ deixa tudo mais interessante. A autora criou um universo paralelo bem mais otimista do que a política preconceituosa do presidente Donald Trump. Temos uma mulher democrata no poder dos EUA. Além disso, a primeira família é descendente de imigrantes.
A única coisa que não gostei tanto foram os capítulos longos e a narrativa um pouco truncada do início, mas nada que atrapalhe a leitura desse romance entre a Casa Branca e o Palácio de Buckingham.
Vermelho, Branco e Sangue Azul venceu o Goodreads Choice Awards 2019 nas categorias de Melhor Romance e Melhor Estreia de Autor.
Com amor, André
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oi Perdido,
Deixe o seu recado, seja ele um elogio ou uma sugestão.
Obrigada por visitar os Garotos Perdidos.